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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

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SEXTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2011

Os bancos mandam!

 
As duas grandes crises económicas mundiais, a 1929 e a de agora, têm um ponto comum, o desmoronamento da indústria financeira.

A de então é resultado da imaturidade e ganância de um paradigma criado em torno de uma emergente indústria de serviços financeiros orientados para o capital.

A de agora resultado da senilidade e ganância do mesmo paradigma.

Quando uma empresa colapsa dá-se a sua falência, os seus empregados ficam desempregados e alguns fornecedores podem ficar a braços com dívidas incobráveis.

Para resolução da crise criada com o desmoronamento da indústria financeira em 1929 foi necessária uma guerra mundial que reestabeleceu o "equilibrio económico" mundial.

E para resolução da crise criada com o desmoranamento da indústria financeira de agora?!!!

Mas, apesar de tudo, somos obrigados a tolerar os bancos e indústria de serviços bancários.

Hoje é praticamente impossível desenvolver "honestamente" uma profissão sem ter conta bancária tal como é praticamente impossível fazer parte da socieade de consumo sem ter um cartão multibanco.

O estado exige-nos um NIB para efeitos de tratamento fiscal e os políticos dividem os seus interesses entre o parlamente e os conselhos de administração das instituições financeiras.

Em último caso o dinheiro dos nossos impostos acaba por financiar os bancos em tempos de vacas magras. Bancos que depois utilizam esse financiamento para aumentar taxas de juro cobradas pelos empréstimos que nos concedem.
 
Ainda que o mesmo se passe um pouco por toda a parte, no que ao nosso Portugal diz respeito, parece que saímos do 25 de Abril para entrar num estado de prevenção permanente.
 
É certo que muito evoluímos desde então mas tem sido quase sempre devido ao efeito de arrastamento da própria evolução, que não sabemos aproveitar da melhor maneira.
 
Depois o curioso é esta chamada permanente a uma espécie de mobilização geral dos interesses nacionais em que temos vivido e que a tantos milhões de portugueses anastesia o sentimento de Nação.
 
Partícula de pó não pólen arrastada no turbilhão à passagem da evolução

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