Este curioso edifício foi construído em 1523, inspirado na arquitetura dos palacetes de Veneza. Era a residência do governador da Índia portuguesa, Afonso de Albuquerque, e sobreviveu ao terramoto de 1755. O nome deve-se à fachada com mais de 1000 pedras em bico, e os dois últimos andares têm janelas em estilo manuelino.
No piso térreo encontra-se um núcleo arqueológico que faz parte do Museu de Lisboa. Inclui parte da Cerca Moura e vestígios de diversas épocas dos últimos 2000 anos, incluindo objetos de uso diário e um tanque romano de uma fábrica de preparados de peixe.
Nos pisos superiores foi instalada a sede da Fundação José Saramago, que dá a conhecer a vida e obra do escritor português que foi premiado com o Nobel da Literatura. O prémio encontra-se em exposição, juntamente com as várias edições internacionais dos livros que escreveu, recortes de jornais, notas pessoais, fotografias e vídeos com entrevistas e discursos. Há ainda a sua biblioteca pessoal, uma loja com os seus livros traduzidos em várias línguas, e uma reprodução do primeiro escritório onde escreveu, com a sua secretária e outros objetos pessoais.
As cinzas de Saramago foram espalhadas em frente, junto a uma oliveira trazida de Azinhaga do Ribatejo, terra natal do escritor.
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